Mamãe esteve ao meu lado minha vida inteira. Ela foi minha fortaleza, alimentou a chama da FÉ, sempre me dizendo: Confie em Deus e jamais desanime. Jesus está aqui. O Divino Espírito Santo e Nossa Mãe Santíssima também. Por que temer? " Por que temer a escuridão da noite, se é ela que fecunda o brilho da aurora?"
Ao ouvir aquelas palavras vindas de um profissional com larga experiência , eu deitada estava e ali mesmo , num milésimo de segundo, me enchi de perguntas . Sinceramente não me lembro de quase nenhuma . Só me lembro do pacote de interrogações e meu coração apresentando uma arritmia.
Tudo terminado entrei no carro. Era por volta das 7 ou 8 da noite. Assentei e fixei o olhar no nada.Só sentia que já era noite. E naquele momento tudo escureceu em meu interior. Chorei muito. O medo e a fraqueza chegaram juntos.
Passado alguns minutos do compulsivo choro , parei e pensei : o que e como falar em minha casa.Me preocupava muito a reação de dor que eu poderia provocar em minha família. Antes mesmo de chegar em casa telefonei para Renata ( minha afilhada) e pedia a ela para levar até a minha casa : minha madrinha , Fernanda ( irmã da Renata e também minha afilhada). Não queria dar a notícia estando só com a mamãe.
Estando todos reunidos na sala eu disse a frase que eu JAMAIS imaginei falar : EU TENHO UM CÂNCER.
Tudo escureceu. Todos ficaram parados me olhando e me lembro de minha querida madrinha perguntar para a Fernanda o que estava acontecendo. Seu coração se recusava a entender. Foi então repetido: Betânia tem um câncer.
Minha mãe, uma mulher de fibra sem igual , começou a perguntar: como é mesmo , o que foi que o médico disse?
Mergulhei no choro . Não era medo! Eu estava aterrorizada.
Foi quando então minha mãe com sua sabedoria e doçura me falou umas poucas palavras; minha filha confie em Deus. Não haverá de ser nada !
Naquele momento era o único remédio do qual eu precisava. E foi decisivo para que eu tomasse uma posição de Luta e FÉ .
Tudo confirmado , minha mastologista e ginecologista Dra. Pollyana Junqueira Carvalhido me encaminhou para a cirurgia em Belo Horizonte , pelas mãos do Dr. Regis L’Abatte , que havia sido seu preceptor.Obrigada Dra. Pollyana.
21 de dezembro : após os exames pela manhã me internei . Agora era esperar o tempo passar . Chegou a hora; Eram 19h. Apesar de toda tensão eu estava feliz, pois minha afilhada e sobrinha Lorena, que havia se formado em medicina há 15 dias, pode acompanhar a cirurgia.Foi um sucesso.
Tudo correu muito bem com a intercessão do Divino Espirito Santo.
Lorena conta que durante o período de sedação eu contei piadas, casos, ofereci pizza e mais coisas.Todos riram muito na sala de cirurgia. Ao saber do meu comportamento ( isto já em casa) disse: não passo na porta do hospital Felicio Rocho.
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