Ao chegar aos portões da ONCOLESTE eu disse: não vou entrar. Chorei muito. Pouco a pouco fiquei calma e fui em frente.Já na recepção podia sentir no ar a carinhosa acolhida das funcionárias. Todas muito bem preparadas para receber com um sorisso quem chega com uma lágrima.
Ao entrar no consultório me deparei com uma jovem médica , da qual eu poderia ser mãe ( mesmo que precocemente). Dra. Ana Beatriz Coppoli. Mulher amável porém enérgica. Transparente em sua fala . Passava tranqüilidade pois dizia com plena certeza as informações para mim.
Lembro-me de que em meio àquela bruma de preocupações eu fiz a pergunta que não queria se calar:Dra. meu cabelo vai cair? E ela de modo firme respondeu: sim! Aproveitei para chorar mais um pouco.Ao final da consulta ela me explicou detalhadamente sobre o processo ao qual eu me submeteria. Seriam 8 sessões de quimioterapia. 04 brancas e 04 vermelhas.
Eu precisaria implantar um cateter para receber as drogas. E ela sempre firme. Fiquei observando-a por alguns minutos e foi neste momento que eu senti a calma me invadir. Passei a rir de algumas coisas e ela sorriu para mim.
Só eu sei o preço daquele sorriso. Era o sinal de que tudo correria bem com a ajuda de Deus , minha FÉ , os médicos e o compromisso de tomar a medicação. Era tudo para o meu bem.
Dia 05 de junho, nos Hospital Samaritano pelas mãos do Dr. João Douglas foi implantado o cateter. Era uma sexta feira e na segunda dia 08 de fevereiro de 2010 comecei minha primeira sessão de químio.
Aqui acabava uma relação médica x paciente e começava uma rica amizade entre Betânia Bomfim e Dra. Ana Beatriz Coppoli.
8 de Março
ResponderExcluirIsabela Bonfim Oliveira
Beth, parabéns pelo blog, e parabéns também pelo Dia da Mulher! Você é um grande exemplo da capacidade de superação que nós, mulheres, temos! Um grande beijo da Bel.